Nesta semana, o governo confirmou que faria a prorrogação do auxílio emergencial até o final do ano. Também foi divulgado que a prorrogação será de quatro parcelas no valor de R$300, diferente dos atuais R$600.

Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), considera que o governo errou ao fazer a prorrogação para parcelas de R$ 300 sem uma transição suave. De acordo com o 6 Minutos, do portal UOL, o pesquisador não achou uma boa ideia cortar o benefício pela metade e, em seguida, extingui-lo.

“Não achei muito boa essa opção de pagar pela metade um benefício, que depois vai acabar. O ideal seria ter uma prorrogação com valores decrescentes mês a mês. O impacto seria mais suave para os beneficiários do programa”, afirmou.

Para o pesquisador, deveria haver uma redução gradual das parcelas do auxílio, para que os beneficiários pudessem se acostumar aos poucos com a retirada. Para ele, o impacto negativo será grande para famílias que estavam sobrevivendo apenas com o auxílio emergencial. Segundo ele, o correto seria fazer com que essas famílias dependessem cada vez menos do benefício.

Até agora, o auxílio emergencial já pagou R$ 184,6 bilhões para 67,2 milhões de brasileiros. Serão pagos R$ 254,5 bilhões em cinco parcelas; atualmente os pagamentos seguem em curso. Com a prorrogação com parcelas de R$ 300, o gasto deve ser ampliado em mais R$ 100 bilhões.