Na última quarta-feira, 19 de agosto, o presidente afirmou, em cerimônia ao lado do ministro da Economia Paulo Guedes, que espera, em parceria com o Congresso Nacional, encontrar um meio-termo em relação a prorrogação do auxílio emergencial.  

“Hoje tomei café da manhã com o [presidente da Câmara, Rodrigo] Maia (DEM-RJ), e tratamos deste assunto. Os R$ 600 pesa muito para a União, porque é endividamento. E se o país endivida, você perde credibilidade”, disse o presidente. 

“R$ 600 é muito, R$ 200 é pouco. Mas dá para chegar a um meio-termo e ser prorrogado por alguns meses, talvez até o final do ano de modo que consigamos sair dessa situação. Fazendo com o que os empregos voltem à normalidade”, acrescentou. Além das cinco já aprovadas, o governo estuda a liberação de mais parcelas do benefício, porém, a medida depende de ajustes no Orçamento.

A lei aprovada pelo Congresso concede autonomia ao presidente Jair Bolsonaro para estender as parcelas de R$ 600 do benefício até o final do ano, desde que indique a fonte do recursoJá se quiser reduzir o valor das parcelas ou prorrogar o auxílio para 2021, o governo precisará da aprovação da Câmara e do Senado.  

Na terça-feira (18)Rodrigo Maia, presidente da Câmara, declarou que está no aguardo de uma posição do governo sobre a prorrogação do auxílio e também da criação de um programa de renda básica, para iniciar a discussão sobre de onde viriam os recursos para os programas, sem afetar o teto de gastos. 

“Temos de esperar a posição oficial do governo sobre esse assunto. A gente sabe que o auxílio foi fundamental, urgente e teve um impacto muito grande para milhões de brasileiros. O governo vai precisar apresentar sua posição em relação às condições de prorrogar, em qual valor, para que a gente saiba qual impacto que isso tem nas contas públicas”, disse Rodrigo Maia.