Nessa semana, Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto que indenizaria profissionais da saúde que foram incapacitados pelo Coronavírus em até R$50 mil. A decisão foi publicada no diário oficial da união

O presidente alega que o projeto é contrário ao interesse público e inconstitucional, pois prevê “benefício indenizatório para agentes públicos e criando despesa continuada em período de calamidade no qual tais medidas estão vedadas”.

O congresso nacional agora analisa o veto do presidente e decide se vai derrubá-lo ou mantê-lo.

O projeto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 14 de julho, após mudanças pelo Senado. O projeto visava indenizar os profissionais da saúde que atuaram no combate à pandemia do novo coronavírus, foram infectados e ficaram permanentemente incapacitados.

O projeto já havia sido aprovado pela câmera dos deputador em maio e em junho pelo Senado, quando foi alterado e por tanto voltou a câmera dos deputados.

No texto inicial, era contemplados profissionais de saúde, agentes comunitários e trabalhadores de estabelecimentos de saúde. Em seguida, o Senado ampliou a lista de beneficiados para trabalhadores de necrotérios, coveiros e de assistência social. Os deputados concordaram.

Bolsonaro diz que auxílio emergencial ‘não dá para continuar muito’

Na última quarta-feira, 5 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que “não dá pra continuar muito” com o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. O presidente alegou o alto custo do programa.

“Não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bilhões. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, reclamou Bolsonaro. A declaração foi dada no Palácio da Alvorada, após um de seus apoiadores agradecer pelo auxílio emergencial de R$ 600.

Essa não foi a primeira vez que Bolsonaro criticou governadores. Neste fim de semana, ele criticou também, sem citar nomes, os governadores que defendem que o auxílio emergencial seja permanente.

Bolsonaro conversou com jornalistas em padaria no Lago Norte de Brasília neste fim de semana. O presidente também afirmou que o isolamento social e comércio fechado prejudicam a economia brasileira. E, em seguida, criticou governadores.

“Alguns governadores estão defendendo o auxílio emergencial indefinido. Esses mesmos governadores que quebraram seus estados. Só que por mês dá R$ 50 bilhões. Vou arrebentar com a economia do Brasil”, afirmou.