Por conta do cenário de isolamento social causado pela pandemia do Covid-19, escolas tiveram que fechar suas portas por todo do mundo. Dessa forma, milhões de estudantes tiveram o acesso à educação prejudicado por conta da crise sanitária.

Um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) na última terça-feira 11 de agosto, mostrou que a pandemia atingiu a educação de 70% da população jovem de 19 a 29 anos.

Para o levantamento foram entrevistados cerca de 12 mil jovens de 112 países e os números observados levam a OIT a acreditar que, além dos feitos da pandemia já observados, a crise terá forte impacto a longo prazo.

Assim, os dados do levantamento mostram ainda que 73% dos jovens foram afetados de algum modo pela crise sanitária, seja pelo desemprego ou pelo acesso à educação.

A desigualdade social se revelou um aspecto revelante para os resultados do estudo. Desse modo, em países mais pobres, os estudantes tiveram sua educação formal mais afetada pela pandemia.

Enquanto nos países ricos 65% dos jovens puderam continuar as atividades de ensino remotamente, com aulas online, nos países de renda média a taxa foi de 55% e, em países pobres, apenas 18% continuaram os estudos através do ensino a distância após o fechamento das instituições de ensino.

Com isso, em países pobres, a cada 100 jovens, 82 ficaram completamente afastados do ensino. Já em países ricos apenas 4% dos jovens estudantes entrevistados alegaram ficar totalmente sem acesso à educação por conta da pandemia.

Desse modo, a organização chama atenção do impacto da desigualdade na saúde, pois estima-se que cerca de 17% desses jovens sofre com depressão ou ansiedade.

Além disso, ainda segundo o levantamento da OIT, a cada 5 jovens de países pobres, 2 tiveram redução considerável na sua renda. Tal redução pode ter sido um dos fatores que afetaram o acesso desses jovens à educação durante a pandemia.

As informações são do UOL e da Organização Internacional do Trabalho.